quinta-feira, 29 de novembro de 2007

É NATAL


É Natal. O Natal mais murcho que já vi. Um Natal de perus e de Noels cabisbaixos. Um Natal sem alegria e sem gentileza. Um Natal conforme os tempos “frios de amor” no qual vivemos. Sim, este está sendo um Natal cruel em todo o mundo! Que Natal é este? Este é o primeiro Natal não-cristão da humanidade ocidental nos últimos mil e setecentos anos. Falava-se de “mundo pós-cristão” desde muito tempo atrás. Também se falava de “pós-modernidade” desde há muito. No entanto, mesmo que o “fenômeno” já fosse uma realidade cultural e religiosa, não havia ainda se tornado algo afetivo e emocional. Ou seja: nas últimas duas décadas, mesmo já sendo este um mundo “pós-cristão”, cultural e religiosamente falando, ainda se tinha a “energia inercial” dos romantismos fraternos dos natais cristãos, a qual se manifestava ainda em muitas expressões de espírito de reconciliação e de fraternidade. Neste Natal, entretanto, quase que de um modo geral, sente-se à desafeição do ano inteiro, prevalente como espírito, nas ruas, nas casas, nos olhares, nos gestos, nos desinteresses, no congelamento das afeições—conforme o que se vê o ano inteiro. A humanidade Ocidental, agora, começará a saber como é viver num mundo no qual as Festas da Cristandade não têm nenhum significado, além do termo que a própria Casa Branca, dos crentes americanos, já adotou. Ao invés do Merry Christmas de sempre—o que ainda remetia para a cristandade—, agora, pelo segundo ano, adotou o politicamente correto Happy Holidays. Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Mas isto não tem nenhuma importância, visto que a maravilha da Encarnação deve ser a loucura nossa de cada dia. O que sinto falta é da gentileza que parecia ressurgir dos mortos ante o romantismo do dia do ‘Nascimento de Jesus’. E não sinto falta disso para mim mesmo, mas apenas como lamento de quem vê como as pessoas vão ficando a cada dia mais geladas. Meu Natal é o ano inteiro, pois, quem quer que deseje viver o espírito do Evangelho, viverá da fé na Encarnação cada segundo de seu existir. A Era Glacial começou! Bem-aventurado seja todo aquele que não se deixar gelar! Só há um antídoto contra o Natal de Selo: o amor que se dá; e que também valoriza pai, mãe, irmão, amigo, família, e, sobretudo, a paz. Feliz Natal Interior! Nele, que só nasce em corações,


CaioExtraido do site: http://www.caiofabio.com/

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